O Conselho Nacional de Zonas Francas do Paraguai solicitou ao governo que firme um acordo bilateral com o Brasil para definir a situação das indústrias instaladas no país vizinho.
Os empresários alegam que estão enfrentando dificuldades para exportar, devido ao acordo 33 do Mercosul que obriga as empresas a pagarem tarifas elevadas na aduana brasileira. Eles também afirmam que o Brasil não estaria reconhecendo, desde o fim do ano passado, o certificado de origem paraguaio.
A consultora do “Regime de Maquila” do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, Claudia Mendoza, esteve reunida com os industriais das duas zonas francas instaladas em Cidade do Leste. Para o Ministério, uma das alternativas para exportar os produtos para o brasil com tarifas menores, seria a mudança das indústrias da zona franca para o regime diferenciado (maquila) oferecido pelo governo paraguaio.
Porém, os empresários alegam que o processo é muito burocrático. Além disso, ressaltam que o regime de maquila vale somente até 2023.
As duas zonas francas do Paraguai estão instaladas em Cidade do Leste: a Zona Franca Global, no km 11,5, e a Zona Franca Internacional, no km 10.
As indústrias das ZF produzem entre outros produtos, alimentos, plásticos, cabos, móveis, estruturas de concreto, papel, componentes metálicos e roupas, que abastecem, na grande maioria, o mercado brasileiro. Além disso, muitos brasileiros trabalham nas indústrias que geram no total, 3.500 empregos diretos.