
Os números alarmantes colocam em evidência os perigos aos quais às crianças estão expostas.
Por semana, ao menos cem denúncias de pornografia infantil são registradas pelo Ministério Público do Paraguai, segundo a agente da Unidade de Delitos Cibernéticos, Irma Llano. A unidade reúne dados relacionados a Internet, além de investigar o tráfico e a exploração sexual infantil. Só no ano passado, foram registrados 916 casos de pornografia.
Llano adverte que é necessário educar as crianças e os adolescentes para que eles saibam detectar quando estão diante de um pedófilo e também para que denunciem.
O oficial Guido Roa, do Departamento Contra Crimes Cibernéticos da Polícia Nacional, alerta que mostramos muitas coisas pelas redes sociais. “Nas férias postamos fotos das crianças com roupas de banho e isso pode ser usado pelos pedófilos”, afirma. Além disso, segundo ele, muitas vezes são usadas contas falsas para ter acesso às informações da possível vítima.
Roa também chama a atenção para o “grooming”, que é o assédio sexual de menores pela internet. Na maioria dos casos, os objetivos são criar pornografia e até sequestrar alguém.
Juan José Parra, da Global Infância, que também busca criar consciência sobre o uso das redes sociais, menciona que uma criança que tem um celular está exposta a qualquer situação. “Muitas delas entram em sites sem o conhecimento ou a autorização dos pais e têm acesso a várias informações”, diz.