
Em função de sua localização estratégica, na fronteira do Brasil com o Paraguai, a Itaipu Binacional vai adotar uma série de medidas para ajudar Foz do Iguaçu e região na luta contra a dengue, que já virou epidemia local. Entre elas, vai tentar sensibilizar a Secretaria de Estado da Saúde, em caráter emergencial, por causa do número alarmante, a enviar lotes do inseticida Cielo. Novo no mercado e mais eficiente, o produto pode ser utilizado em operações conhecidas como “fumacê”, que não estão sendo feitas exatamente por falta de produto.
O fumacê é uma das ferramentas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, mas, apenas como ação isolada, não funciona. É necessário que seja desenvolvida uma força-tarefa com a participação de todos, de órgãos públicos à população em geral, em total integração – uma campanha sistematizada de prevenção e combate aos focos de transmissão.
Outra solução que Itaipu vai negociar com o Ministério da Saúde é a implantação, no município, de uma metodologia inovadora, que é a inserção de bactérias do tipo Wolbachia em ovos do Aedes aegypti. O micro-organismo reduz a capacidade do mosquito de transmitir dengue, zika e chikungunya. O resultado desta metodologia se dá em longo prazo, mas é eficaz. Ao serem liberados mosquitos com Wolbachia, a tendência é que se tornem predominantes, diminuindo os casos dessas doenças, como já foi comprovado em alguns países e em 29 bairros do Rio de Janeiro, desde 2016.
A usina binacional também colocou à disposição de Foz do Iguaçu e região o Centro de Medicina Tropical, para ajudar a sistematizar o combate ao mosquito da dengue e estabelecer estratégias para erradicação da doença. Além disso, a empresa também vai encabeçar uma campanha de divulgação e conscientização em Foz e nos municípios vizinhos, alertando para a importância dos cuidados com a limpeza dos quintais e para que se procure um posto de saúde aos primeiros sintomas da dengue.