Com o objetivo de se comunicar, mesmo isolada em casa, a escritora Ana Mello escreve diariamente poesias e, da janela, projeta em um prédio vizinho, em Porto Alegre.
A escritora Ana Mello, de 58 anos, encontrou um jeito criativo de se comunicar durante o isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus. Diariamente, ela escreve poesias, e com um pequeno equipamento, da janela da própria casa, projeta os textos na parede do prédio vizinho.

Ana, que tem Lúpus, uma doença inflamatória autoimune, é do grupo de risco, e por isso está tendo que trabalhar de casa. “É muito agoniante ficar em casa porque eu sou de ficar muito na rua. Ando de bicicleta, vou e volto a pé do trabalho. Agora estou presa em casa”, conta.
A ideia de projetar poesias surgiu no dia 22 de abril. “É um dia que eu fico um pouco triste, pois é a data de falecimento do meu marido. Este ano fez cinco anos que ele morreu, então fiquei refletindo e escrevi. Queria falar isso para todo mundo e me conectar com as pessoas”.
Desde esse dia, Ana escreve e projeta poesias diariamente da janela da casa dela, em Porto Alegre, às 19h e às 20h.