Há três anos, o Paraguai enfrenta incêndios florestais e urbanos, desastres que em 95% dos casos são provocados pelos cidadãos. (Foto: Agência IP/Reprodução)
O Instituto Nacional de Florestas (Infona) pediu aos cidadãos que denunciem os incêndios criminosos. A presidente do Infona, Cristina Goralewski, disse que os incêndios florestais são registados no país há três anos e que a instituição faz denúncias ao Ministério Público sempre que há provas suficientes.
Ela ressaltou que as provas são obtidas por meio de imagens de satélite, detectando a mudança de uso do solo causada pelo fogo e com a ajuda de mapas de fontes de calor da propriedade. Com essa documentação é aberto um inquérito dentro da instituição e as provas são apresentadas ao Ministério Público.
Goralewski disse também que a população precisa denunciar os casos e auxiliar na proteção do meio ambiente.
“O que sempre recomendamos é que, quando houver um incêndio ativo, a primeira comunicação seja diretamente para o 911 ou 132, porque a prioridade é apagar o fogo”, disse Goralewski nesta segunda-feira (17) em entrevista para a rádio 730 AM.
Punição – Ela assegurou que outro problema enfrentado é a falta de punição para as pessoas que causam os incêndios.
“Infelizmente isso vai continuar acontecendo, se não houver punição exemplar para quem causa os incêndios”, disse.
A chefe do Infona lembrou aos cidadãos que evitem queimar qualquer tipo de material, seja em áreas urbanas ou florestais, pois uma vez ocorrido o incidente, o processo de recuperação dessas áreas leva tempo e as perdas e o impacto negativo gerados por esses desastres à fauna e à flora são inestimáveis, colocando em risco até a vida humana.
O Infona lembra que as denuncias contra qualquer infração contra os recursos florestais podem ser feitas no site do Infona, pelo whatsapp (0981-64-17-17) ou pelo e-mail institucional, o anticorrupción@infona.gov.py.
Em chamas – O comandante nacional do Corpo de Bombeiros Voluntários, Eduardo Méndez, informou no domingo (16) que há incêndios em todo o país, já que praticamente todos os quartéis têm incêndios para controlar ou extinguir na área de cobertura.
“Estamos trabalhando praticamente sem descanso há 10 dias e não há esperança de que isso acabe tão cedo”, afirmou.
Com informações da Agência IP