Tecnologia desenvolvida no Paraná foi pensada para salvar, principalmente, crianças. (Foto: Pixabay/Ilustração)
Estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) desenvolveram um dispositivo que dispara alarmes em caso de quedas acidentais em piscinas. O equipamento tem como objetivo evitar afogamentos, principalmente, de crianças.
Apenas em 2021, o Corpo de Bombeiros registrou 854 ocorrências envolvendo afogamentos no Paraná. O número representa um aumento de 6% na comparação com 2020, quando 804 atendimentos do tipo foram feitos.
Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que a cada três dias uma criança morre afogada em casa, no Brasil. Além disso, o levantamento da Sobrasa aponta que 59% das mortes de crianças entre um e nove anos de idade por afogamento acontecem em piscinas e residências.
O dispositivo desenvolvido pelos alunos paranaenses funciona da seguinte forma: após ser acionado, o equipamento consegue identificar movimentações atípicas na água por meio de sensores. Com isso, o dispositivo emite um alarme e notificações por meio de um aplicativo para celular.
O projeto dos alunos foi feito em parceria entre uma empresa que produz piscinas e outras três empresas juniores da universidade. O produto deve chegar ao mercado ainda em 2022.
O equipamento também é capaz de diferenciar o movimento na água causado pela chuva, ventos e folhas dos movimentos provocados por quedas de pessoas e animais de estimação. A graduanda do curso de Engenharia Mecânica da UTFPR Maryna Yukie Addad Ishida explica que a tecnologia é inovadora no Brasil.
“Existem algumas tecnologias fora do país, mas atualmente no Brasil nós não temos algo parecido. Existem coisas parecidas com relação ao que a gente está fazendo, mas o produto como um todo, com todas as funcionalidades que a gente que aplicar, não”, disse.
Desenvolvimento – O projeto passou por três empresas juniores da UTFPR. A empresa Cromo Consultoria foi responsável pelo desenvolvimento do equipamento. Enquanto isso, alunos da empresa Citi fizeram o aplicativo para a tecnologia. Por fim, a empresa Júnior Design trabalhou no desenho para o produto.
As três empresas são compostas por estudantes da universidade. A partir do desenvolvimento do produto, a instituição fechou uma parceria com a Cyan Piscinas, que trabalha com tecnologias na área, como um ralo de sucção que impede que as pessoas fiquem presas.
Maryna Ishida disse que a ideia veio a partir de desenvolver um produto que trouxesse mais segurança para momentos de lazer em piscinas. Com a parceria fechada, o equipamento entrou na fase final de desenvolvimento.
“Ainda tem algumas coisas que precisamos verificar, que são questões de normas. A previsão é que chegue ao mercado no meio do ano”, contou.
Como evitar afogamentos? Confira algumas orientações dos bombeiros para evitar afogamentos em piscinas:
- Evitar banhos na piscina no horário de almoço;
- Se possível, colocar grades no entorno da piscina para dificultar o acesso de crianças;
- Evitar brinquedos próximos à piscina, pois se tornam atrativos;
- Desligar o filtro da piscina quando estiver usando;
- Cuidado ao mergulhar em locais rasos;
- Ao deixar a piscina, leve as crianças que estão no local junto;
- Chame o serviço de socorro imediatamente em caso de afogamento.
Com informações do G1/PR