Trabalhadores de plataformas de viagens e de entregas, entre outros setores, se manifestaram nesta quinta-feira (10) contra os constantes aumentos nos preços dos combustíveis no Paraguai. (Fotos: Richard Recalde/Gentileza)
Em um ano, os combustíveis sofreram uma variação de G. 2.300 por litro no Paraguai, o equivalente a R$ 1,66. Um aumento que ainda não conseguiu atingir o teto segundo analistas econômicos do país vizinho, principalmente devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
No entanto, as consequências são cada vez piores para os cidadãos em geral e, sobretudo, para aqueles que obrigatoriamente dependem de um veículo. Por isso, foram realizados protestos em várias partes do Paraguai e também na Avenida Costanera, em Asunción.
Os manifestantes chegaram a fechar rodovias contra o aumento dos preços dos combustíveis. A mobilização incluiu trabalhadores do transporte escolar, entregadores, motoristas de plataformas alternativas para viagens e outros setores.
Vários sindicatos do transporte tomaram a iniciativa de se mobilizar contra o aumento exorbitante dos combustíveis e outras associações do setor e cidadãos em geral aderiram rapidamente.
Ciudad del Este – Em Ciudad del Este, manifestantes se reuniram ontem (10) na rotatória do quilômetro 10 km e na rotatória da Área 1. Eles pediram às autoridades que tomem medidas para resolver a situação.
Asunción – O palco principal do protesto foi o Congresso Nacional, em Asunción, na manhã de ontem. Horas depois ocorreram mobilizações em outras partes do país. O representante da Associação Paraguaia de Motoristas, Luciano Vargas, afirmou que pelo menos sete entidades estão exigindo que o governo crie políticas práticas para reduzir o preço do combustível para o consumidor final.
Os manifestantes também criticaram os parlamentares que têm combustível de graça.
“A alta afeta todo o país, não apenas nossa indústria; com o aumento dos combustíveis, o custo dos alimentos e da cesta básica também aumenta”, disse.
Um entregador disse que metade do que ele ganha é usado para pagar o combustível e que há apenas oito dias a filha nasceu e ele não pode nem comprar uma fralda para ela.
“Abro a geladeira e está vazia.”
Outro entregador explicou que nestes dois anos o preço cobrado aos clientes aumentou, mas as empresas não o repassaram aos trabalhadores.
A Associação Paraguaia de Motoristas (ACP), a Associação Paraguaia de Transporte Escolar (Atepy), o Clube Mercedes-Benz (CMB), os Taxistas e representantes de outros setores também participaram das mobilizações.
O aumento incessante dos combustíveis no último ano teve um forte impacto no bolso dos trabalhadores. Com os custos atuais, a despesa mensal também fica entre G. 400.000 (R$ 290,00) e G. 600.000 (R$ 435,00) em média. Com o último reajuste, a gasolina comum passou a custar G. 7.180 por litro, o equivalente a R$ 5,20. A super, passou para G. 8.920, cerca de R$ 6,45.
O diesel comum agora custa G 7.080 (R$ 5,12) por litro e o diesel premium G 8.350 (R$ 6,05).
Novas manifestações estão sendo organizadas para este sábado. Os protestos são contra o sétimo aumento no preço dos combustíveis em um ano, marcado para este fim de semana.
A conversão do Guarani para o Real foi feita pelo site do Banco Central.
Com informações do Última Hora e do La Clave